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  • Jhenyfer Benicio dos Santos

Mulheres no mundo dos negócios - Empreendedorismo feminino

De acordo com os dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), no Brasil há cerca de 9,3 milhões de empreendedoras, o que corresponde a 34% dos donos de negócios no país. E esses valores refletem muito o que diz respeito à realidade sociocultural que vivemos.

As últimas décadas foram de intensa luta para buscar a equidade de gênero, onde foi alcançado a independência, protagonismo e espaço nos mercados que eram exclusivos para homens. Porém a proporção ainda é baixa e os espaços para uma mulher empreendedora não é equivalente em oportunidades se comparado aos homens.

Muito fatores podem colaborar com isso e principalmente a falta de estímulo em empreender pode vir de vários aspectos sociais advindos do viés financeiro, pois mulheres empreendedoras recebem menos que os homens empreendedores segundo dados do Sebrae, assédios e preconceitos são frequentes se tratando de um ambiente competitivo onde o machismo estrutural está presente, então a desconfiança e falta de credibilidade são previamente postas em mulheres nesses ambientes o que dificulta a formação de networking sólido que é essencial para o desenvolvimento e consolidação do empreendedor.

Com isso, o empreendedorismo feminino vem para estimular a redução das diferenças na oportunidade da ascensão na carreira entre os gêneros, e consequentemente favorecendo uma maior diversidade no mundo empresarial. Além disso, vale ressaltar que mulheres empreendedoras atingem a independência financeira, o que é importante para evitar possíveis ciclos de violência, muito comumente associado a mulheres que dependem financeiramente de seus parceiros e acabam se submetendo a certos abusos.

Então, o empreendedorismo feminino é muito mais do que abrir uma empresa, é uma ferramenta de transformar a sociedade e todo o sistema que inferioriza as ações e a existência feminina. Com isso para todo inicio de negócio e estruturação de uma ideia é importante traçar algumas etapas para que os riscos sejam reduzidos e a estratégia faça sentido no segmento que escolheu:

  1. Olhar para o mercado: É essencial no desenvolvimento do negócio você saber quais são as necessidades do cliente, possíveis concorrentes, e a vantagem competitiva do seu produto ou serviço

  2. Modelo de negócio: Organização das etapas a serem seguidas é indispensável para ter uma visão geral da ideia. Então, saber qual o problema que sua solução vai resolver, o segmento de clientes, proposta de valor, estrutura de custos, fluxo de receita, assim como a estratégia do seu negócio.

  3. Capacitação: Se capacitar irá dar autonomia de todo o processo produtivo da sua ideia. Há várias organizações que auxiliam pequenas empreendedoras a tirar um projeto do papel, seja por meio de consultorias e mentorias para ter o suporte inicial de validação do seu projeto.

  4. Networking: Fazer contatos em um meio empreendedor onde a maioria são homens pode ser um desafio como já supracitado. Mas caminhar nesse espaço sozinha não é uma boa alternativa, então é importante conhecer outras empresárias, fortalecer parcerias, que poderão se tornar futuras clientes, fornecedoras e até sócias, investir e nutrir uma rede de mulheres faz com que o processo seja muito mais leve com a compartilhamento de experiências empresariais e o crescimento de mulheres nos cargos de liderança.

  5. Conheça as linhas de crédito: Quando não se tem muito a investir vale procurar linha de crédito compatível com seus ganhos. Algumas franqueadoras oferecem suporte para a negociação de concessão de crédito com bancos. Então, estar ciente que há instituições que estão dispostas a dar o suporte financeiro inicial para o negócio é essencial para que haja a prática.

O mundo do empreendedorismo é desafiador em si, mas para as mulheres os desafios se mostram ainda maiores por todos os retrocessos vivenciados por conta dos preconceitos estruturais, que deixaram mulheres fora do universo empresarial sobretudo no que tange seus processos de gestão. As conquistas jurídicas e sociais foram alcançadas, mas a cultura machista ainda permanece e é preciso saber enfrentá-la. Quanto mais pessoas estiverem envolvidas com um negócio próprio, mais a economia cresce. E para começar um negócio não é preciso estar a frente de uma grande indústria, pode ser em salão de beleza nos fundos de casa ou a venda de bolos de pote na feira do bairro, isso já gera um fluxo de renda e melhora a qualidade de vida de muitas famílias.



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