"Eu não sou bom o suficiente.
Tem pessoas muito melhores do que eu para fazer isso.
Sou uma fraude.
O que estou fazendo aqui?
Nunca vou conseguir.
É melhor eu nem tentar"
Você já se pegou pensando assim?
Já ouviu falar da Síndrome do Impostor?
Nessa síndrome, predomina o sentimento de que você é uma fraude ou desqualificado para o trabalho que está fazendo, mesmo tendo a mesma qualificação que seus colegas. Também é comum minimizar suas próprias conquistas, atribuindo-as a qualquer outra coisa menos ao seu trabalho árduo, já que você não é bom o suficiente para fazer o que fez. Ela é muito comum no meio acadêmico, e mulheres são mais propensas a se sentirem assim.
O acometimento da síndrome é maior quando não vemos muitos exemplos de pessoas como nós sendo bem sucedidas no nosso campo profissional. Infelizmente, este é o cenário para muitos biotecnologistas, que lutam por mais reconhecimento e visibilidade.
A síndrome do impostor não discrimina e qualquer pessoa pode sofrer dela, desde estudantes até professores e empreendedores. Ao invés de deixarmos a síndrome nos paralisar, podemos tentar mudar o jeito que nós nos enxergamos e enxergamos nosso progresso e nossas conquistas. Podemos aprender com críticas construtivas ao invés de deixarmos elas abalarem nossa autoconfiança. Focar sempre no negativo ao invés de no positivo é extremamente prejudicial para nossa saúde mental. Precisamos lembrar que todos têm suas forças e fraquezas e que nós podemos aprender com as críticas construtivas para crescermos e melhorarmos. Como cientistas, nós muitas vezes vemos nossos colegas como competição, mas, ao invés de nos compararmos, podemos aprender com eles e ganharmos novas habilidades. O mesmo pode ocorrer no ambiente competitivo da empresa júnior. A organização hierárquica da instituição e as constantes demandas de produtividade para atingir as metas estabelecidas podem ser gatilhos para que a síndrome se manifeste. Muitos podem pensar que não são bons o suficiente para fazer o que estão fazendo ou que nunca vão conseguir alcançar aquilo que eles buscam alcançar ou que seus colegas já alcançaram.
A engenheira da NASA Maureen Zappala relata que, por anos, ela pensou que só tinha sido contratada porque
a NASA precisava de mulheres. Ela se sentia desqualificada e tinha medo de pedir ajuda pensando que se ela fosse realmente inteligente, não precisaria de ajuda. Esses relatos são muito mais comuns do que você imagina! Psicólogos recomendam que, caso você se sinta assim, procure pessoas para compartilhar como se sente e encontre aliados no trabalho e na sua vida pessoal que te apoiem e acreditem em você.
Não tenha medo de pedir ajuda. Na maioria das vezes, você não é o único que está duvidando de si mesmo. Silencie aquela voz crítica na sua cabeça e valorize suas forças e conquistas! Todos passamos por dificuldades e temos limitações, faz parte da jornada. Assim, escolha pessoas de confiança como amigos e mentores e, caso queira, converse com um profissional, para compartilhar suas vivências e construir uma rede de apoio.
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